Afogado por um livro: uma lição que vem da Primeira Guerra Mundial
Na Primeira Guerra Mundial, um dos maiores objetivos dos ingleses era decifrar os códigos usados pelos alemães para se comunicar com seus navios e submarinos.
Em especial, o chamado cógido SKM, que tinha a forma de um volumoso livro, sempre levado a bordo de todas as naves alemãs.
O problema era que, sempre que uma embarcação alemã era atacada, o seu livro de código também se perdia no naufrágio.
Até que surgiu uma oportunidade.
No final de 1914, um contratorpedeio alemão foi cercado pelos russos e encalhou. Na sequência, após intensa troca de tiros, muitos marinheiros alemães se atiraram ao mar, para não serem capturados pelo inimigo.
Um deles, o rádio-telegrafista do navio, fiel a promessa de proteger o código SKM a todo custo, enfiou o pesado livro dentro da farda e se atirou ao mar.
Mas não adiantou. Morreu afogado e, quando o seu corpo foi resgatado, lá estava o cobiçado livro, dentro do seu uniforme.
Ao que tudo indica, foi o próprio livro que o matou, porque pesava uma barbaridade – além do que, pelo seu volume, impedia que ele nadasse direito.
Foi graças a iniciativa daquele marinheiro alemão que os ingleses, finalmente, conseguiram uma cópia do desejado código SKM.
A história não registou o nome do tal marinheiro alemão. Mas ele morreu como um herói. Para os ingleses, é claro.
Moral da história: quem vai além do que deveria fazer, mais atrapalha do que ajuda.
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