Como uma tragédia no mar pode se transformar numa história de amor. E real
Estreia nesta sexta-feira, dia 1º de junho, na Europa e nos Estados Unidos (no Brasil, só em 9 de agosto), um filme que tem tudo para agradar tanto as mulheres quanto os apreciadores das grandes odisseias nos mares: a história (verídica) da americana Tami Oldham Ashcraft, que, 35 anos atrás, contrariando todas as probabilidades, sobreviveu a um dos piores furacões já registrados no oceano Pacífico, mesmo sozinha num barco e com praticamente nenhuma experiência náutica.
Dito assim, parece apenas mais um filme de aventura, desses capazes de agradar apenas aos amantes do mar, certo? Errado. Trata-se de um drama. E, mais que isso, uma surpreendente e emocionante história de amor.
Dirigido com maestria pelo islandês Baltasar Kormakur (de Evereste e do também empolgante Sobrevivente, que contou a incrível história do homem que sobreviveu ao mar congelado da Islândia após um naufrágio), o filme, que aqui será lançado com o título Vidas à Deriva (Adrift, no original inglês), tem Shailene Woodley e Sam Claflin nos papéis da própria Tami Ashcraft e seu namorado, praticamente os únicos protagonistas da história – que, embora com desfecho conhecido (no passado, virou até livro), promete prender a atenção até o final, com direito a suspiros emocionados dos mais sensíveis.
Tudo começou em outubro de 1983, quando a jovem Tami Ashcraft e o seu namorado, Richard Sharp, aceitaram a incumbência de conduzir um veleiro do Taiti a San Diego. Ele tinha experiência com barcos. Ela, quase nenhuma – estava apenas apaixonada e decidiu aceitar o convite do namorado para ir junto na viagem.
O começo foi tranquilo, mas logo eles ficaram sabendo que havia um furação se formando na América Central – portanto, bem longe deles. Só que a tormenta mudou repentinamente de rumo e pegou o barco do casal no meio do Pacífico, com ondas que passaram dos 15 metros de altura (os efeitos especiais do filme são sensacionais).
Com a tempestade, o barco virou. E quando Tami voltou a si, descobriu que o mar havia levado o seu namorado. Ela, então, se viu sozinha, dentro de um barco danificado e sem saber como pilotá-lo. O choque a fez ficar dias paralisada.
Até que Tami começou a ouviu uma espécie de voz, que lhe ordenava que se mexesse e fizesse algo pela sua sobrevivência. Ela não tinha dúvidas de que era o namorado, mandando instruções de onde quer que estivesse (no filme, isso é contado de uma forma bem mais interessante).
Como que movida por uma força que até então desconhecia, Tami, que está viva até hoje e ajudou na produção do filme, passou a seguir as instruções e, após uma verdadeira epopéia, chegou ao desfecho da história, que pode ser conferida aqui.
Ou, se aguentar esperar, a partir do dia 9 de agosto, nos cinemas também do Brasil.
Fotos: STX Films/Divulgação
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